Esquerda reconhece vitória dos conservadores nas eleições legislativas na Grécia

17/06/2012 - 20h04

Da Agência Lusa
 

Brasília – O líder do partido conservador Nova Democracia, Antonis Samaras, reivindicou hoje (17) a vitória nas eleições legislativas na Grécia e convidou as “forças europeistas” a formar um governo de salvação nacional.
“O povo grego votou hoje pela permanência do país na zona euro e a favor das forças políticas que vão trazer desenvolvimento e emprego”, disse Samaras, na primeira reação pública aos resultados eleitorais.

“Por isso, convidamos todos as forças políticas que acreditam neste projeto a formar um governo de salvação nacional”, acrescentou Samaras.

O líder da Nova Democracia, que obteve cerca de 30% das preferências em cerca de 50% dos votos apurados, comprometeu-se a aplicar “políticas europeias” para garantir o desenvolvimento do país. “Trabalharemos para que o país saia da crise”, disse Samaras. Segundo ele, o voto popular vai permitir [a formação de] um “governo estável, com orientação pró-europeia”.

Em paralelo, o líder da Syriza, Alexis Tsipras, admitiu a vitória da Nova Democracia nas eleições legislativas e disse que já felicitou o líder conservador. “Apesar de a Syriza não ter sido o partido mais votado, é a primeira força da oposição contra o memorando [de entendimento negociado com os credores internacionais]”, disse o líder esquerdista. Ele informou que fará uma oposição forte e reiterou que a única saída para a Europa consiste em terminar com as políticas de austeridade.

Os últimos dados oficiais sobre as eleições de hoje indicam que a Nova Democracia garantirá de 29,5% a  30% dos votos, obtendo 128 lugares no Parlamento de 300 lugares – já incluindo o “bônus” de 50 deputados garantido pelo partido mais votado. A Syriza confirma a segunda posição, com 27,1% e 72 deputados. O Pasok obterá 12,3% (33 deputados) e estará em condições de integrar um governo de coligação com os conservadores.

Para formar um governo maioritário, uma coligação necessita assegurar pelo menos 151 lugares no Parlamento.