Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Projetos de infraestrutura entre o Brasil e o Paraguai e a preparação dos dois países para a 46ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados foram os principais temas tratados hoje (16) pelo ministro de Relações Exteriores brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo Machado, e o colega paraguaio, Eladio Loizaga Caballero.
Figueiredo está em visita ao país vizinho e se encontrou com Eladio Caballero pela manhã, antes de ser recebido pelo presidente, Horácio Cartes. Os dois chanceleres falaram sobre o retorno do Paraguai às reuniões do Mercosul e à cúpula de chefes de estado do bloco, que ocorrerá em Caracas.
“Estamos muito felizes que o Paraguai vai estar na cúpula, na Venezuela. Falamos sobre essa força que o Paraguai traz outra vez ao Mercosul como um sócio-fundador. Isso para nós é uma questão muito importante”, disse o ministro brasileiro ao fim da reunião.
O Paraguai foi suspenso do bloco após o impeachment do presidente Fernando Lugo, em 2012. Uma das regras do Mercosul é que os países que participam do bloco devem seguir regras democráticas. A cassação de Lugo foi considerada uma ruptura no regime democrático do país. Com a eleição de Horácio Cartes, o Paraguai volta a atender a todos os requisitos para a participação no Mercosul.
Projetos de integração ferroviária e que possibilitem a ampliação das relações comerciais e do fluxo de pessoas na região de fronteira também foram assuntos tratados na visita. O Brasil e o Paraguai têm investido no aumento dessas relações como forma de fortalecer o intercâmbio comercial. O comércio bilateral entre os dois países cresceu 12% em 2013 em relação ao ano anterior, atingindo a cifra de R$ 4 bilhões.
O ministro Figueiredo ressaltou também a relação de amizade entre os dois países que tem gerado apoio em questões conjuntas em organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU). Ele agradeceu o “respaldo” oferecido pelos paraguaios às iniciativas brasileiras no órgão e lembrou os constantes encontros entre os dois presidentes.
“O presidente Cartes e a presidenta Dilma têm uma relação de grande amizade, já se encontraram quatro vezes e se eu estou aqui é a consequência da importância que o Brasil e o governo da presidenta Dilma Rousseff dão à relação com o Paraguai”, disse.
Edição: Aécio Amado
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