Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro informou hoje (14) que, após inspeção no Museu de Arte do Rio (MAR), os técnicos da Defesa Civil do município não identificaram “comprometimento estrutural” no prédio e que os danos se limitam à “parte de alvenaria.
Segundo nota divulgada pela companhia, foram constatados afundamento no piso em frente à bilheteria e fissuras na rampa do Palacete Dom João VI, que abriga o museu. A nota informa que a Concessionária Porto Novo está providenciando os reparos necessários, que serão executados às segundas-feiras, dia em que o museu não abre, não havendo, portanto, prejuízo na programação do museu.
Perto do MAR, estão sendo feitas as obras de revitalização do Porto do Rio, que incluem a construção de dois túneis para substituir o Elevado da Perimetral, que está sendo desativado e gradativamente implodido. Para a abertura dos dois túneis, são feitas escavações com o uso de dinamite.
A Porto Novo admite que, por causa das escavações no local, são feitas “vistorias cautelares e monitoramento” nos imóveis do entorno, usando instrumentos específicos, como pinos de recalque, sismógrafos e marcos superficiais, instalados desde o início das obras.
Em nota, também ao falar sobre as rachaduras e fissuras, a Secretaria Municipal de Conservação, por meio da Defesa Civil, informou que faz rotineiramente vistorias para avaliar as condições estruturais dos imóveis na região do porto.
“Até o momento, não foram identificados na região imóveis com risco iminente de desabamento, apenas com pequenos danos como fissuras ou rachaduras. Nestes casos, a concessionária é acionada para tomar as medidas cabíveis por ser a responsável por obras na localidade”.
Ao comentar o assunto, o prefeito Eduardo Paes disse que está sendo informado do problema, mas disse que ao, que tudo indica, as rachaduras são nos rebocos da edificação. “Temos implosões ali embaixo, que podem ser a causa das rachaduras, uma vez que todos os prédios daquela região estão rachando”. Paes disse que a prefeitura monitora, acompanha e faz as reformas quando há necessidade. “Risco não tem nenhum, estamos monitorando”.
Segundo o prefeito, os visitantes do MAR não têm com o que se preocupar. "Serei o primeiro a interditar [o museu] se houver riscos.”
O Museu de Arte do Rio, localizado na Praça Mauá, no centro da cidade, foi inaugurado em março do ano passado. As obras de restauração do Palacete Dom João VI e a construção do museu custaram à prefeitura R$ 79,5 milhões.
Menos de um ano após a inauguração, no entanto, o museu apresenta rachaduras de extensões variadas em diferentes áreas e afundamento em parte do piso no hall de saída do Pavilhão de Exposições, no prédio principal.
Edição: Fábio Massalli
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil