Da Agência Brasil*
Brasília - Uma bomba explodiu hoje (14) em frente a um tribunal da cidade do Cairo, capital do Egito, pouco antes de os locais de votação serem abertos para o referendo à nova Constituição do país – passo decisivo na legitimação do poder transitório, depois da destituição do ex-presidente Mohamed Mursi pelos militares, em julho de 2013. O atentado não deixou vítimas e é o último de uma série de ações violentas que ocorrem há meses no país mais populoso da região árabe, com cerca de 85 milhões de habitantes.
Mais de 52,7 milhões de eleitores estão convocados hoje e amanhã (15) a votar o novo texto constitucional. As previsões indicam que a Constituição deve ser aprovada fornecendo uma base legal ao Executivo de transição e abrindo o caminho para novas eleições legislativas e presidenciais que deverão decorrer até o final de 2014.
Na sequência do afastamento de Mursi, o Parlamento foi dissolvido e a Constituição, redigida por uma Assembleia Constituinte de maioria islâmica, recebeu diversas emendas.
A Aliança Nacional de Apoio à Legitimidade, uma coligação islâmica liderada pela Irmandade Muçulmana contra a deposição de Mursi, anunciou que vai boicotar o referendo.
O grupo Jovens contra o Golpe, ramo juvenil da coligação islâmica, também prometeu boicotar a consulta e promover atos de desobediência civil.
Os partidos e grupos incluídos na Frente de Salvação Nacional, o principal bloco da oposição que se opôs ao mandato de Mursi e que inclui seis partidos, anunciaram apoio à nova carta.
*Com informações da Agência Lusa
Edição: Talita Cavalcante