Da Agência Brasil *
Brasília – A um mês da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, no Sudoeste da Rússia, entraram hoje (6) em vigor medidas de segurança sem precedentes. O principal motivo é o receio de novos ataques suicidas como os que ocorreram no final de dezembro e deixaram mais de 30 pessoas mortas. As autoridades estão controlando o acesso à cidade, situada entre as margens do Mar Negro e as montanhas do Cáucaso, com cerca de 350 mil habitantes. Veículos de fora da cidade são impedidos de entrar, a menos que tenham permissão especial de trânsito.
Cerca de 37 mil policias e membros do Exército estão mobilizados para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos de Inverno, que é o maior evento internacional organizado pela Rússia desde o fim da União Soviética, em 1991. O evento ocorrerá entre 7 e 23 de fevereiro e, na sequência, entre 7 e 16 de março, a cidade vai sediar os Jogos Paralímpicos de Inverno. As medidas de segurança valerão até 23 de março.
Essas medidas excepcionais haviam sido cogitadas mesmo antes dos ataques de dezembro, especialmente depois de o militante islâmico checheno Doku Umarov ter convocado um boicote aos jogos. Nesta terça-feira, a Rússia comemora o Natal da igreja ortodoxa. O presidente Vladmir Putin e o primeiro-ministro Dmitri Medvedev compareceram a cerimônias religiosas e se congratularam com o povo russo.
No dia 30 de dezembro, um ônibus elétrico explodiu em Volgogrado e matou 15 pessoas. No dia anterior (29), outro atentado suicida deixou 18 mortos. O governo russo classificou os atentados de ataque terrorista. Volgogrado, antiga Estaliningrado, foi cenário, em outubro, do atentado mais grave ocorrido na Rússia nos últimos anos, quando um terrorista suicida do Cáucaso matou seis pessoas. O atentado levantou dúvidas quanto à segurança dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, próximo a Volgogrado.
Depois do ocorrido, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou nota condenando os atentados a bomba e se solidarizando com as famílias das vítimas e com o governo da Rússia. O texto manifestou também "veemente repúdio a quaisquer atos de terrorismo e violência, praticados sob qualquer pretexto".
* Com informações da Agência Lusa e da Itar Tass // Edição: Denise Griesinger