Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília – Quatro vítimas do ataque a um ônibus que foi incendiado em São Luís, na última sexta-feira (3), continuam internadas em hospitais da capital maranhense. Entre elas estão a irmã e a mãe da menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, a quinta vítima do ataque, que teve 95% do corpo queimados e morreu essa manhã.
O caso mais grave é o de Márcio Ronny da Cruz Nunes, 37 anos. Ele teve 72% do corpo queimados, segundo relato de testemunhas, ao tentar ajudar as outras vítimas a deixarem o ônibus. Segundo o diretor do Hospital Estadual Tarquínio Lopes Filho, Luiz Alfredo Soares Júnior, o paciente está internado na UTI e respira com a ajuda de aparelhos. Ele será submetido nas próximas horas a um exame de broncoscopia. A suspeita é que Nunes tenha inalado muita fumaça ou sofrido queimaduras no trato respiratório.
A irmã de Ana Clara, Lorane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, está internada no Hospital Estadual Infantil Juvêncio Matos em um leito isolado da enfermaria pediátrica. Lorane teve 20% do corpo queimados, principalmente as pernas e o braço esquerdo. Seu quadro é considerado estável. Já a mãe das crianças, Juliane Carvalho Santos, sofreu queimaduras em 40% do corpo. Juliane respira sem a ajuda de aparelhos e seu quadro também é considerado estável, embora, segundo Júnior, o estado de saúde dela ainda exija atenção.
A terceira vítima internada no Hospital Tarquínio Lopes Filho é Abiancy Silva dos Santos, de 35 anos. Ela sofreu queimaduras de segundo grau nos membros superiores, mas está estável e clinicamente bem após ter sido submetida a procedimentos cirúrgicos. A expectativa é que Abiancy receba alta ainda esta semana.
No total, quatro ônibus foram incendiados por homens armados na sexta-feira. Duas delegacias foram atingidas por tiros. As autoridades estaduais associam a onda de ataques ao início de ações do governo estadual para retomar o controle do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e de outros estabelecimentos prisionais. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, ao menos 60 detentos foram mortos em presídios maranhenses durante 2013.
Edição: Davi Oliveira
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