Nielmar Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O consumo total de energia elétrica no país foi 39.902 gigawatts-hora (GWh) em novembro, aumento de 3,3% em comparação ao mesmo mês de 2012. No acumulado do ano, o consumo também teve alta de 3,3%. Os dados fazem parte da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada hoje (6) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
As residências puxaram o resultado do mês, com alta de 4,2%, seguidas pelo comércio e serviços (4,8%). Nas residências do país, o consumo somou 10.666 GWh em novembro, com aumento de 427 GWh em relação a igual período do ano passado. O Nordeste foi responsável por mais da metade do acréscimo de energia (236 GWh). A alta se deu após o expressivo aumento de novembro de 2012 (10%), influenciado, então, pelo efeito do calor em mercados de grande demanda nas regiões Sul e Sudeste.
A indústria consumiu 15.761 GWh de energia elétrica no mês de novembro, levando a taxa dos últimos 12 meses do setor a registrar o primeiro resultado positivo para o período, pequena alta de 0,1%. Na comparação com novembro de 2012, o consumo industrial de energia cresceu 1,8%. A Região Sul foi a que mais contribuiu para o resultado do mês, todos os estados tiveram crescimento. Em seguida, aparecem o Centro-Oeste, o Norte e o Sudeste. A única região que apresentou decréscimo foi o Nordeste.
No comércio e serviços, o crescimento em novembro (4,8%) foi inferior ao registrado em igual período de 2012 (13,7%). “Clima mais ameno nas regiões Sudeste e Sul e atividade menos intensa, sobretudo no setor comercial, explicam a diferença entre os dois resultados”, diz o informe da EPE.
Na avaliação da EPE, a retração está relacionada à queda nas vendas e no percentual de famílias endividadas, que passou de 59% para 63% no período, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio. “Essa desaceleração tem influído na confiança dos empresários do setor, que, pelo quarto mês consecutivo, mostrou-se em nível inferior ao de 2012. A expectativa do setor para os próximos meses, no entanto, é de recuperação gradual do ritmo de vendas, com necessidade de incremento de estoques e de contratação de funcionários”.
Edição: Carolina Pimentel
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