Da Agência Lusa
Beirute – Pelo menos 517 pessoas, incluindo 151 crianças, foram mortas em ataques aéreos do Exército sírio contra rebeldes na província de Aleppo desde 15 de dezembro, revelou hoje (29) o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Pelo menos 46 combatentes – 34 rebeldes e 12 extremistas da organização do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (Eiil) – e 46 mulheres estão também entre as vítimas mortas nos ataques aéreos diários do Exército sírio, que lança "barris explosivos" há duas semanas sobre a capital e a província do Norte, segundo relatório da organização.
"O OSDH considera que todos aqueles que permanecem em silêncio na comunidade internacional são cúmplices desses massacres que o regime sírio continua a cometer”, disse a organização, considerando que esse “silêncio” é “uma luz verde” para que o regime sírio “continue a largar barris de ódio sobre crianças, mulheres e idosos em Aleppo e na sua província”.
Os bombardeios aéreos na antiga capital econômica da Síria foram condenados pelos países ocidentais e organizações humanitárias internacionais. O regime disse visar alvos "terroristas" que se estabeleceram entre os civis.
Aleppo, uma das principais frentes do conflito que devasta o país há mais de dois anos e meio, está dividida, desde o verão de 2012, entre as áreas rebeldes e os setores controlados pelo regime.
De acordo com o OSDH, o regime está tentando avançar em áreas rebeldes localizadas, principalmente, no leste de Aleppo usando táticas já utilizadas para retomar outras localidades.