Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Pela primeira vez na história a Igreja escolheu um papa da América Latina. Francisco é argentino e sucedeu o papa alemão Bento XVI, Joseph Ratzinger, que renunciou ao pontificado em fevereiro de 2013. Francisco foi eleito no dia 13 de março, e suas primeiras palavras foram que o caminho para a humanidade está no amor.
Para especialistas, a eleição arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, representa uma quebra de paradigma já que ele é o primeiro papa não europeu e o primeiro jesuíta. Além de ser o único pertencente à ordem no conclave. Espera-se que, ao longo do pontificado, outros paradigamas sejam quebrados especialmente relacionados a mudanças na administração da Santa Sé e do Vaticano, mas nada doutrinário.
Neste ano, o papa visitou o Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em julho, quando convocou jovens a serem revolucionários. O evento religioso reuniu 3 milhões de fiéis no Rio de Janeiro, que não desanimaram com a chuva, a falta de infraestrutura e superlotação. A próxima JMJ foi confirmada para 2016 em Cracóvia, na Polônia.
Em dezembro deste ano, a revista norte-americana Time elegeu o papa Francisco a figura do ano em 2013. De acordo com a publicação, o pontífice é uma “nova voz da consciência”, com “foco na compaixão".
Em novembro, o papa publicou a exortação apostólica Evangelii Gaudium na qual foram tratados temas polêmicos como o aborto, o sacerdócio e a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Francisco também mencionou temas relacionados à família, aos jovens e à pobreza.
O papa Francisco assumiu a Igreja em um momento em que ela é alvo de denúncias de abusos sexuais e desvios de recursos. A Igreja também enfrenta pressão por reformas internas. Em resposta, foi criada uma Comissão de Proteção de Menores na Igreja para dar apoio pastoral às vítimas de abusos sexuais.
Edição: Denise Griesinger
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