Da Agência Lusa
Bruxelas – A União Europeia (UE) proibiu hoje (23) a exportação de armas e assistência financeira e técnica a mercenários armados da República Centro-Africana, em cumprimento a uma resolução adotada este mês pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. No último dia 5, o conselho da ONU autorizou a intervenção militar da França e de uma força africana com objetivo de restabelecer a ordem naquele país.
De acordo com o Conselho da União Europeia, a decisão inclui certas exceções para equipamentos militares destinados exclusivamente às missões para a Consolidação da Paz na República Centro-Africana Consolidação e em Apoio à República Centro-Africana e para as tropas francesas instaladas no país.
Na última cúpula europeia, os líderes concordaram que os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 países da UE estudassem em janeiro as opções para uma missão do bloco na República Centro-Africana.
Nas próximas semanas, a alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Catherine Ashton, vai preparar uma proposta, vista como uma resposta à demanda por maior solidariedade feita pela França, que mandou 1,6 mil soldados para o país africano, em apoio às tropas locais que procuram restabelecer a ordem político-militar.
O governo francês já recebe apoio logístico de vários parceiros, mas o presidente François Hollande entende que a transformação de uma missão operacional sob bandeira europeia permitiria o acesso ao financiamento comum.
Atualmente, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Polônia, Espanha e Holanda têm fornecido à missão francesa aviões de transporte, enquanto a maioria dos estados-membros dá apoio político à operação.
A crise na República Centro-Africana começou em março, quando a capital foi tomada pelos rebeldes Séléka, que assumiram o poder. Quem comanda o governo rebelde é o líder Michel Djotodia.