Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Quanto mais esforço fiscal melhor para controlar a inflação. Essa é a avaliação do diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo.
“Superávit primário [economia para o pagamento de juros da dívida pública] ideal não existe. De qualquer maneira, do ponto de vista da nossa atividade, quanto mais a política monetária [controle da inflação] for apoiada pela política fiscal, melhor para a inflação”, disse o diretor, que apresentou hoje (20) o Relatório de Inflação.
O diretor reforçou que a política fiscal caminha da posição expansionista (estímulos à economia, com aumento de gastos públicos) para a de neutralidade. A redução de gastos do governo ajuda no combate à inflação.
No relatório, o BC avalia o efeito do esforço fiscal sobre a dívida pública. O BC reforça que “diferentemente do ocorrido quando a solvência do setor público era motivo de preocupação, hoje não se faz necessária a geração de superávit primário de ampla magnitude”.
Entretanto, Araújo destaca que “superávits primários em patamares próximos à média dos gerados em anos mais recentes são necessários para manter a dívida pública em trajetória sustentável”. O BC acrescentou que com a redução do custo de financiamento da dívida pública haveria repercussões favoráveis sobre o custo de capital de modo geral. E isso estimula o investimento privado no médio e no longo prazo.
Edição: Carolina Pimentel
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