Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou praticamente estável em novembro, caindo de 9,6% em outubro para 9,4%, a menor taxa registrada desde 1991 para meses de novembro, segundo informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). Segundo os dados, o contingente de desempregados alcançou 1,024 milhão de pessoas, 21 mil a menos do que no mês anterior, quando esse número chegou a 1,045 milhão.
Esse número é decorrente da geração de 29 mil postos de trabalho e da relativa estabilidade do contingente de trabalhadores na região, com o acréscimo de 8 mil pessoas. A pesquisa é feita mensalmente pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
"Pouco tem oscilado o nível de ocupação e a força de trabalho, por isso a taxa de desemprego não aumenta em uma economia que apresenta crescimento inexpressivo", analisou o coordenador da pesquisa pelo Seade, Alexandre Loloian.
Os dados mostram também que em novembro o nível de ocupação variou, 0,3% e o número de ocupados foi estimado em 9,874 milhões de pessoas. O resultado é explicado pelo crescimento na indústria de transformação (2,1% ou a criação de 35 mil postos de trabalho) e nos serviços (0,5% ou 26 mil novas vagas) e pela redução no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,3% ou eliminação de 24 mil postos de trabalho) e na construção civil (-1,1% ou - 8 mil).
Segundo Loloian, há indicativos de que o mercado de trabalho comece a melhorar daqui para frente. "Neste final de ano, as coisas estão entrando mais ou menos no eixo, com a economia mostrado sinais importantes de alguma estabilidade ou crescimento. Taxas não muito elevadas, mas positivas. Há uma série de sinais que vão mudar os rumores dos empresários".
De acordo com a PED, entre setembro e outubro o rendimento médio real dos trabalhadores ocupados teve elevação de 2,3%. Para os assalariados, o aumento alcançou 1,0%. "Não só por conta do aumento salarial nominal, mas por contenção da inflação, que estava ameaçando corroer esse salário", explicou Loloian.
O número de assalariados cresceu 0,9% em novembro. No setor privado, o assalariamento com carteira assinada aumentou 1,2% e o sem carteira diminuiu 2,9%. A quantidade de autônomos caiu 1,6% e os empregados domésticos também tiveram retração, alcançando -2,8%.
Edição: Davi Oliveira
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias, é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil