Aprovação do Orçamento mostra maturidade da relação entre Executivo e Legislativo, avalia Carvalho

18/12/2013 - 12h26

Ana Cristina Campos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse hoje (18) que o fato de o Congresso Nacional ter chegado a um acordo e aprovado o Orçamento Geral da União é muito importante, porque mostra “a maturidade da relação entre Executivo e Legislativo”. “O governo tem que agradecer desse ponto de vista. Se houver eventuais mudanças, a gente vai seguir dialogando com o Congresso. Essa maturidade da aprovação do Orçamento é muito boa para que a gente possa começar 2014 já trabalhando, sem problemas burocráticos no emprego da destinação dos recursos para os ministérios”, disse.

Em sessão extraordinária, que entrou pela madrugada desta quarta-feira, o Congresso aprovou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014. O valor total do Orçamento da União para 2014 é R$ 2,48 trilhões.

Gilberto Carvalho também avaliou que o ex-consultor que trabalhava para a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos Edward Snowden prestou um serviço importante ao mundo ao revelar como funciona o serviço de espionagem do governo norte-americano. “Essas revelações nos ajudaram a ter uma posição muito crítica em relação a essa interferência norte-americana.”

Sobre a possibilidade de o governo brasileiro conceder asilo a Snowden, Carvalho disse que essa questão é de competência exclusiva da presidenta Dilma Rousseff. Em café da manhã com jornalistas mais cedo, Dilma disse que o governo brasileiro não tem que se manifestar sobre a campanha de pedido de asilo político de Snowden ao Brasil. Segundo ela, não chegou nenhuma solicitação formal ao governo.

O ministro deu as declarações após participar da celebração natalina na Catedral Metropolitana de Brasília para moradores de rua. Organizada pela Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Brasília e pela Pastoral do Povo de Rua, a missa reuniu cerca de 500 moradores de rua e pessoas acolhidas pela Casa Santo André.

“Acho [a missa] um gesto extraordinário em que a Igreja cumpre seu papel de mostrar para a sociedade aqueles que foram esquecidos durante tanto tempo. Minha presença na missa em nome do governo é porque se há uma aliança que vale a pena é em favor dessa gente excluída. Nosso dever é também privilegiar essas pessoas e concentrar nosso empenho para aqueles que efetivamente precisam do Estado brasileiro,” disse Carvalho.

Edição: Juliana Andrade

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