Mariana Branco e Wellton Máximo
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (17) que o governo estuda reduzir o Imposto de Importação (II) para autopeças não fabricadas no Brasil. Isso ajudaria a reduzir o impacto sobre os preços dos carros, previsto com a instalação obrigatória de air bag e freio ABS. No próximo ano, haverá ainda a recomposição gradual da alíquota cheia do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
“[Para compensar] estamos combinando rastreabilidade [identificação de conteúdo nacional obrigatório nos equipamentos] com eventual redução do Imposto de Importação de autopeças sem similar nacional, por tempo determinado”, acrescentou Mantega. A possibilidade de redução do imposto foi uma demanda da indústria automotiva.
Nos próximos dias, haverá debate sobre esse e outros pontos envolvendo os empresários e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A decisão final a respeito só será anunciada segunda-feira (23).
Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, que mais cedo reuniu-se com Mantega, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e representantes dos trabalhadores do setor para debater o assunto, a ideia é tornar a elevar a alíquota “imediatamente” no momento em que passe a haver produção das peças no país.
O setor pede ainda ao governo que estude a entrada de veículos elétricos no mercado brasileiro. De acordo com Moan, a questão poderia ser incluída no programa Inovar Auto. “É importante colocar a hipótese de passarmos a ter veículos híbridos e elétricos. Propusemos ao governo uma fase dentro do Inovar-Auto em que as empresas pudessem importar, desde que, a partir de um certo momento, passassem a produzir componentes e até mesmo fabricar [os veículos elétricos]”, declarou.
Outra demanda dos empresários é o lançamento do Exportar-Auto, programa para estímulo às exportações de automóveis.
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