Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, condenou hoje (10) a violência nos estádios, ao comentar a briga de torcidas ocorrida no jogo entre Atlético Paranaense e Vasco, no último domingo (8), na cidade catarinense de Joinville.
Marin se reuniu por mais de três horas na sede da entidade com cinco presidentes de clubes, quando também trataram das reivindicações trabalhistas do movimento Bom Senso Futebol Clube, promovido pelos jogadores de futebol.
“A CBF, como todo esportista, como todo o povo brasileiro, está indignada com os acontecimentos. Vamos acompanhar de perto e temos certeza absoluta de que a lei será devidamente aplicada, principalmente o Estatuto do Torcedor”, disse Marin.
O dirigente falou à imprensa ao lado dos presidentes do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade; do Vitória, Alexi Pelágio Gonçalves Portela Jr.; do Goiás, João Bosco Luiz de Morais; do Corinthians, Mário Gobbi Filho; e do Flamengo, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello.
O presidente da CBF estará em Brasília na próxima quinta-feira (12) para participar de reunião convocada pelos ministérios do Esporte e da Justiça para discutir a violência nos estádios, e que terá participação de representantes do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o Conselho Nacional do Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça.
O presidente do Coritiba disse que o clube tomou várias medidas de combate à violência, principalmente depois do episódio de 2009, quando houve uma briga generalizada no seu estádio, na última rodada do Campeonato Brasileiro.
“Nós tomamos uma série de medidas em 2010 e, após isso, não tivemos nenhum ato de violência com o Coritiba, que atualmente é um dos clubes que mais investem em segurança. Hoje, temos um número de seguranças que varia conforme o espetáculo, de 200 a 450. Temos condições de chegar a qualquer lugar do estádio em 30 segundos, para evitar atos de violência”, disse Andrade.
O presidente do Flamengo também lamentou as cenas de violência do fim de semana, mas ressaltou que os torcedores do clube não se envolveram em brigas ao longo do ano. Ele disse que o clube não financia nem dá passagens aos torcedores.
“Fiquei chocado, como qualquer cidadão, com os acontecimentos de domingo, e todo mundo está esperando uma solução para que isso não volte a ocorrer. Com relação à torcida do Flamengo, vocês têm acompanhado que nenhum torcedor nosso se envolveu em qualquer tipo de confusão”.
Com referência às demandas do Bom Senso Futebol Clube, a CBF e os clubes aceitaram limitar a um máximo de sete partidas por jogador ao mês, a partir de 2015, a carga de jogos do profissional de futebol.
Edição: Davi Oliveira
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