Gol prevê mais atrasos hoje e normalização dos voos amanhã

08/12/2013 - 12h26

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Brasília –  Os atrasos nos voos da empresa aérea Gol devem continuar ao longo deste domingo (8), oscilando até 25%, informou a companhia em nota divulgada hoje. A empresa disse estar trabalhando "incansavelmente" para a normalização de suas atividades. Segundo a Gol, as operações ainda sofrem os reflexos das fortes chuvas da quinta-feira (5) e da sexta-feira (6), e devem atingir índices adequados até a manhã de segunda-feira (9).

A empresa declarou também que responderá à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a autuação recebida ontem (7) por falhas na assistência aos passageiros com voos em atraso. A agência reguladora pode aplicar multa de até R$ 10 mil. No Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, na capital federal, a fila no guichê da Gol pela manhã chegava até a área externa do terminal e os passageiros esperavam de uma hora e meia a duas horas para fazer o check-in.

De acordo com boletim divulgado pela Infraero às 12h, a companhia aérea responde por 65 do total de 81 voos atrasados no período, o equivalente a 80,2%.

Segundo a Gol, a empresa responde pela maior parte dos voos domésticos do país. O boletim da Infraero informa que, até as 12h, 291 voos da companhia estavam previstos. Levando-se em conta este número, o percentual de atraso chega a 22,3%. A TAM, segunda empresa com maior número de voos, tinha 240 decolagens previstas no período, sendo que nove estavam em atraso (3,8%).

Os atrasos complicaram a vida de pessoas como a aposentada Valéria Louzada, 50 anos, que tentava voltar para casa em Belo Horizonte. Às 11h30, ainda não havia previsão de decolagem do voo dela, marcado para 10h30. "Tem uma pessoa da família na fila do check-in. Está lá há pelo menos uma hora e meia", disse.

O voo da vendedora Heloísa Quadros, 33 anos, para o Rio de Janeiro, também estava atrasado. "Estava previsto para as 11h20, mas são 11h35 e a gente ainda está na fila", contou. O segurança Michel Mamedes, 35 anos, amigo de Heloísa e que a acompanhou ao aeroporto, disse que a companhia aérea não deu informações sobre quando o voo sairia. "Quando chega a hora do embarque, passa um funcionário por aqui chamando os passageiros".

 

Edição: Carolina Pimentel//Texto atualizado às 14h21 para acréscimo de informações

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