Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - As vendas de motocicletas caíram 8,3% de janeiro a novembro deste ano, passando de 1.499.397 unidades comercializadas no mesmo período do ano passado para 1.374.988. Com relação a outubro, as vendas diminuíram 1,1%, com 123.517 operações. Quando os meses de novembro são comparados, o de 2013 registra aumento de 0,3%, com 122.189 unidades. Os dados foram divulgados hoje (5), na capital paulista, pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
No acumulado do ano, a produção alcançou 1.588.230 unidades, contra as 1.623.961 produzidas no mesmo período de 2012, o que representou uma queda de 2,2%. Segundo os dados, na comparação com novembro do ano passado, a produção teve aumento de 12,8%, com 130.468 veículos fabricados, ante 125.929 de novembro do ano passado. Com relação a outubro, a produção caiu 9,6%, com 155.525 unidades produzidas contra 171.991 do mês de novembro.
Já as exportações registraram elevação de 2,6% no acumulado do ano, com 98.002 unidades, enquanto no mesmo período do ano passado esse número alcançou 95.503. Em novembro, as vendas externas somaram 10.685 motocicletas, alta de 6,6% no comparativo com o mesmo mês de 2012 (10.025) e uma queda de 1,6% em relação a outubro, quando foram exportadas 10.864 motocicletas.
De acordo com o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, o setor de motocicletas vem sofrendo redução nas vendas desde o meio do ano passado, quando o crédito começou a sofrer restrição dos bancos privados. “De lá para cá, essa modalidade de vendas não vem reagindo e vem impactando fortemente nosso setor. Se não fosse pelos bancos públicos, certamente os resultados seriam piores”.
Com base nesse cenário, Fermanian ressaltou que as indústrias traçaram seus planos para 2014 acreditando na estabilidade e em números semelhantes aos de 2013. “Se nós olharmos nos últimos dois anos, tivemos queda de 20%”, destacou.
Fermanian defendeu proposta feita ao governo para mudar os critérios para a concessão da habilitação para motociclistas. A ideia é dividir a categoria em três, separando por cilindradas. “O motorista começaria preparado para determinada cilindrada e, para comprar uma moto mais potente, teria que ser preparado para evoluir para uma de maior potência”, explicou.
O presidente da Abraciclo destacou que a proposta ainda está em fase embrionária, mas visa essencialmente a melhorar a qualidade dos novos habilitados que chegam ao mercado. “Queremos que as pessoas que compram a motocicleta e vão pilotar pela primeira vez no trânsito estejam melhor preparadas. Existe só uma categoria atualmente, que vale para todos os modelos, e há necessidade de ter mais experiência do usuário, quando ele for subindo na escala de cilindradas”.
Edição: Davi Oliveira
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