Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O governo do estado de Maryland, nos Estados Unidos, vai colaborar com o programa de despoluição da Baía de Guanabara. O Acordo de Cooperação Técnica Fortalecimento da Governança e Gestão da Baía de Guanabara, estabelecido pelo Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía (Psam), da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), foi assinado ontem (4) e hoje (5) foi feito um seminário no Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói para a troca de experiência entre os dois países.
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, explica que o Brasil não vai copiar o modelo implantado na Baía de Chesapeake, no Nordeste dos Estados Unidos, mas pretende aprender como funciona a gestão de um modelo que deu certo.
“É uma grande baía em que eles conseguiram reunir todo mundo, os governadores e prefeitos, porque pega muito mais do que um estado, é maior do que a Baía de Guanabara. Eles cobram do cidadão para despoluir, tem metas anuais, tem transparência, é que nem uma fábrica, que nem uma empresa, cada departamento tem uma grana, tem um responsável, tem uma meta, todo mundo acompanha e eles estão conseguindo muita coisa”.
De acordo com Minc, o governo de Maryland vai ajudar com a formação de quadros técnicos e com a metodologia de monitoramento para cada parâmetro, como a água, a terra e o ar. “No convênio está prevista a ida de técnicos nossos para lá, para ter informações, ver como é que aquilo funciona, ver como eles cobram, como é que aplicam, como é que monitoram, que é uma coisa que a gente não consegue fazer tão bem assim, monitorar o resultado de cada uma das ações. Então ficamos todos nós, técnicos, prefeitos, ambientalistas, muito animados com essa perspectiva, porque eles são considerados uma experiência top de governança e limpeza de uma baía”.
O secretário lembra que o Plano Guanabara Limpa está em andamento e tem avançado em várias questões, como o fim dos lixões que despejavam chorume na baía, o aumento de 12% para 40% da população atendida por saneamento básico e a instalação de Unidades de Tratamento de Rio que vão retirar um terço da poluição despejada nas águas, além do Termo de Ajustamento de Conduta feito com a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) que reduziu em mais de 40% toda a poluição química, orgânica e oleosa da Reduc.
O governo do estado assumiu o compromisso com o Comitê Olímpico Internacional (COI) de despoluir 80% da Baía de Guanabara até 2016.
Edição: Fábio Massalli
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