Da Agência Brasil*
Brasília - Os Estados Unidos não aceitam a legitimidade das exigências chinesas na área de defesa aérea no Mar da China Oriental, estabelecidas na última semana pelo governo chinês. De acordo com as normas de zona, a passagem de qualquer aeronave na área tem de ser notificada. Ontem (2), o vice-presidente Joe Biden iniciou uma viagem pela Ásia com o objetivo de chegar a um entendimento sobre a questão. Na sexta-feira (29), a China chegou a deslocar aviões de combate para a zona depois de aeronaves norte-americanas e japonesas terem entrado no espaço aéreo em questão.
“Não aceitamos a legitimidade das exigências da China para operar na recém-declarada Adiz [Área de Identificação de Defesa Aérea]”, disse hoje (3) o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
No dia 23 de novembro, a China estabeleceu unilateralmente uma zona de identificação de defesa aérea que cobre o Mar da China Oriental – onde as llhas Sekaku/Diaoyu são disputadas por chineses e japoneses. A China justifica a criação da zona por uma melhora da identificação das aeronaves no espaço aéreo e pela maior segurança do país – o que considera legítimo.
De acordo com o porta-voz da Casa Branca, o anúncio sobre o estabelecimento dessa área causou confusão e elevou o risco de acidentes. Segundo ele, os Estados Unidos estão preocupados com a criação da zona, apesar de o país ter orientado as aeronaves norte-americanas a seguir os requisitos estabelecidos pela China para a segurança dos passageiros. Ainda assim, Carney informou que essa recomendação não indica que os Estados Unidos estejam de acordo com a nova medida.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, informou hoje que a maioria das companhias aéreas que passaram pela área nos últimos dias cumpriu as exigências. Ele agradeceu o que considerou uma "atitude construtiva" e "compreensiva".
*Com informações da Lusa e da agência de notícias da China, Xinhua
Edição: Talita Cavalcante
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