Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Cristo Redentor, no Morro do Corcovado, na capital fluminense, será iluminado na noite de hoje (3) com a cor azul, em referência ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A medida é para conscientizar a população sobre os problemas enfrentados pelos deficientes de todo o mundo.
Para a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Georgette Vidor, ao mesmo tempo em que este dia é de comemoração e de representatividade para os deficientes, também é de reivindicação por uma sociedade totalmente integrada.
"Toda a luta que durante anos foi feita por militantes que abraçaram a causa de pessoas com deficiência está refletida hoje nessa questão mundial. Ainda que nossos direitos não sejam totalmente respeitados, mesmo que o Brasil tenha uma legislação muito boa, falta maior cumprimento e consciência. É um dia mundialmente reconhecido para que as pessoas com deficiência possam estar inseridas na sociedade", disse a secretária que é cadeirante.
Durante o dia, o espaço de lazer em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas recebeu jogos de basquete e futsal de pessoa com deficiência, promovendo a inclusão. De acordo com Georgette, atualmente os maiores desafios dos brasileiros com deficiência, que representam 24,1% [segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] da população do país ainda são de acessibilidade.
"Quando você tem problemas de locomoção, seja de que deficiência for, é sempre difícil ter oportunidades, seja na escola, no trabalho, na capacitação, no entretenimento. No caso da deficiência auditiva, dificuldade de acesso ao conteúdo. Pela necessidade da língua de sinais, eles acabam ficando limitados quando a questão é a comunicação. Essas oportunidades vão acontecer quando a gente tiver uma sociedade e uma cidade mais acessível", disse.
A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência em 1992 a fim de conscientizar a população sobre a igualdade para todos. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que existam atualmente no mundo 650 milhões de pessoas com necessidades especiais.
Edição: Aécio Amado
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