Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A construção de faixas exclusivas de ônibus nas cidades brasileiras, com fiscalização eletrônica em tempo integral e melhoria nos pontos de parada é a principal ideia do Programa Emergencial de Qualificação do Transporte Público para Ônibus proposto pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) ao governo federal, por intermédio do Ministério das Cidades.
O programa foi lançado hoje (6) em Brasília pela NTU como parte da Campanha Nacional de Qualificação das Redes Convencionais de Transporte Público Urbano, e consiste em oito medidas para melhorar o transporte público coletivo urbano no Brasil.
Segundo a NTU, medida idêntica foi objeto de Resolução Normativa aprovada no mês passado pelo Conselho das Cidades como proposta ao governo federal. A resolução recomenda à Presidência da República priorizar os investimentos federais na qualificação das redes convencionais de transporte urbano com a adoção de propostas elaboradas pelo Comitê Técnico de Mobilidade Urbana.
De acordo com o presidente da NTU, Otávio Cunha, o programa deve “melhorar a qualidade dos serviços e reduzir os custos de operação, com a implantação de quatro mil quilômetros de faixas exclusivas em 46 municípios, todas as capitais e cidades com população superior a 500 mil habitantes, nos próximos 12 meses”. Segundo ele, esses projetos requerem soluções tecnológicas simples, “sem intervenções físicas relevantes e com retorno imediato para o usuário”.
A NTU apresenta como exemplos bem sucedidos do sistema de faixas exclusivas as experiências recentes no Rio de Janeiro, em São Paulo e Goiânia. Em São Paulo, por exemplo, estudos da associação mostram que a velocidade dos ônibus (velocidade média nos trajetos, contando as paradas), chegou a subir 108%, reduzindo o tempo de deslocamento em até 25 minutos.
O presidente da NTU lembra que o governo tem cobrado propostas para melhoria do setor de transporte urbano e destaca que “no caso das faixas, estamos mostrando porque e como fazer”. Ele ressalta, porém, que as soluções devem ser adaptadas à realidade de cada cidade, pois “o mais importante é mostrar que esta é uma medida barata, rápida e eficiente, que serve para qualquer tamanho de cidade”.
Edição: Denise Griesinger
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