Da Agência Brasil *
Brasília - O ex-presidente do Egito Mohamed Mursi será julgado hoje (4) por ter incitado a violência e a morte de manifestantes no início do seu mandato. No protesto em que isso teria ocorrido, sete pessoas morreram. Nesta manhã, Mursi foi levado de helicóptero para a Academia de Polícia, na zona leste do Cairo, capital do país, onde será o julgamento, que inclui mais 14 réus.
Em comunicado divulgado na semana passada, um grupo de apoiadores de Mursi informou que ele não reconhece o julgamento ao qual será submetido e que não terá advogado de defesa. Mohamed Mursi foi deposto por um golpe militar em 2012, depois de pouco mais de um ano na Presidência. Devido a esse golpe, o ex-presidente não entende serem legítimas quaisquer decisões tomadas desde então - como é o caso do seu julgamento.
Nos últimos meses, houve forte repressão dos egípcios muçulmanos, a maioria apoiadores de Mursi. Cerca de 2 mil pessoas foram detidas - a maioria membros da Irmandade Muçulmana, grupo do qual o ex-presidente foi dirigente.
Mohamed Mursi foi o primeiro presidente do Egito eleito democraticamente. Ele foi destituído e detido pelo Exército em julho, depois de milhões de egípcios pedirem a sua saída. Os militares nomearam um governo interino encarregado de reelaborar a Constituição e organizar eleições legislativas e presidenciais para o início de 2014.
*Com informações da Agência Lusa
Edição: Graça Adjuto