Da Agência Brasil
Brasília - A líder de um grupo de exilados uigures - população à qual pertence o suspeito de ter causado o acidente na Praça da Paz Celestial na última segunda feira (28), em Pequim, na China - manifestou preocupação com represálias das autoridades chinesas contra a etnia. O acidente que tem sido tratado como um ato terrorista pelas autoridades, deixou cinco mortos e mais de 40 feridos. Anteontem (30), foram presas cinco pessoas associadas ao ocorrido.
De acordo com a líder do Congresso Mundial de Uigures, Rebiya Kadeer, forças de segurança foram deslocadas para a província de Xinjiang, no Noroeste da China, e essas forças estão repreendendo a população. Segundo ela, os detalhes do acidente ainda não foram esclarecidos - apesar de três pessoas que estavam no automóvel que causou o acidente serem uigures - e a alegação do governo chinês de que o ocorrido foi um ato terrorista não pode ser aceita. Rebiya pediu que o governo chinês proteja os direitos das minorias étnicas, que a comunidade internacional acompanhe atentamente o caso e que seja conduzida uma investigação independente sobre o acidente.
No início da semana, um automóvel identificado como um jipe atropelou uma multidão na Praça da Paz Celestial por volta das 13h (3h no horário de Brasília). Várias pessoas foram levadas a hospitais nas imediações. A suspeita da polícia é a de que o ato esteja relacionado a grupos da província autônoma de Xinjiang, local de origem do jipe, onde há uma população multiétnica de maioria uigur.
Com informações da agência pública de notícias do Japão, NHK
Edição: Valéria Aguiar