Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Polícia Civil fechou uma central ilícita de sinal de TV a cabo e internet e apreendeu documentos que indicam a prática de agiotagem durante a Operação Capa Preta 2, na manhã de hoje (31). De acordo com a polícia, a central contava com 10 mil assinantes. O delegado titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), Alexandre Capote, informou que entre os 10 presos estão um ex-vereador, considerado o líder da quadrilha e o filho que também comandava os acusados. Os presos vão responder por formação de quadrilha armada e extorsão. Se condenados, poderão pegar até 24 anos de prisão.
Segundo Alexandre Capote, as investigações em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, começaram em 2010, quando deflagraram a Operação Capa Preta, que prendeu 30 milicianos. Em 2012, a Operação Pacificador prendeu 16 integrantes de milícias. O objetivo da Operação Capa Preta 2 é cumprir 23 mandados de prisão preventiva em diversos bairros do município.
“Essa quadrilha é bastante audaciosa. Eles mataram diversas testemunhas que atuaram em um processo criminal [em 2010] e informantes da Draco-IE. Então, para investigar essa quadrilha, utilizamos todos os meios de investigação possíveis, informantes, testemunhas e outras coisas”, completou Capote.
Entre os mandados de prisão expedidos pela 2ª Vara Criminal de Comarca de Duque de Caxias, sete são contra policiais militares, cinco ex-policiais militares, dois fuzileiros navais da Marinha, um ex-policial civil e um ex-vereador do município da Baixada. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública, as investigações mostraram que a quadrilha é responsável por homicídios, ocultação de cadáveres, tortura, lesões corporais, extorsões e ameaças.
O grupo ainda atua na cobrança de taxas para serviços clandestinos de segurança, venda de cestas básicas com valores elevados, tráfico de armas de fogo, agiotagem, exploração da distribuição ilícita de sinal de televisão a cabo e internet, exploração de jogos de azar, prestação de serviços de transporte coletivo alternativo e a venda ilegal de botijões de gás.
De acordo com as investigações, a quadrilha atua no município desde 2007 nos bairros de Pantanal, Parque Fluminense, Parque Muisa, São Bento, Pilar, Vila Rosário, Vila São José, Parque Suécia, Lote XV, Sarapuí, Vila Guaíra, Jardim Leal e Gramacho.
A Operação Capa Preta 2 conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), ambos do Ministério Público, da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Secretaria de Estado de Segurança, da Coordenadoria de Inteligência e da corregedoria, ambos da Polícia Militar.
Edição: Marcos Chagas
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