Vendas de materiais de construção deverão crescer até 5% em 2014

30/10/2013 - 17h22

 

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As vendas de materiais de construção deverão encerrar o ano com crescimento de 2,5% em relação a 2012 e aumentarão de 4% a 5% no próximo ano, disse hoje (30) o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walver Cover. Ele se reuniu com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, para discutir o impacto das medidas de estímulo para o setor, beneficiado pelos programas habitacionais do governo federal, pelo estímulo ao crédito e por impostos reduzidos.

A ampliação da lista de produtos beneficiados com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), informou o presidente da Abramat, não foi discutida no encontro. “Esse é um pleito permanente do setor, mas não levamos a reivindicação ao ministério no encontro de hoje”, ressaltou. A entidade quer a inclusão de pregos, grampos e produtos de aço na relação de itens que pagam IPI menor.

Para o próximo ano, a Abramat prevê crescimento de 4% a 5% nas vendas. Walver Cover, no entanto, esclareceu que a estimativa não leva em conta apenas a manutenção do IPI reduzido. “A previsão considera a política atual de apoio à indústria de materiais de construção, que é um dos principais indutores do PIB [Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país]”, declarou.

Cover citou diversas medidas do governo, além das desonerações, que têm contribuído para o crescimento do setor. Ele mencionou a desoneração da folha de pagamento para a indústria de materiais de construção, o Programa Minha Casa, Minha Vida, o Programa de Aceleração do Crescimento e a concessão de estradas e aeroportos à iniciativa privada.

Para o presidente da Abramat, a linha de crédito Construcard, da Caixa Econômica Federal, também tem impulsionado as vendas. Segundo ele, o programa financiou R$ 3 bilhões para a compra de materiais de construção no ano passado e deverá encerrar o ano emprestando R$ 6 bilhões. Além disso, declarou Cover, o aumento da renda e a manutenção do nível de emprego contribuirão para o otimismo do setor.

 

Edição: Aécio Amado

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