Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Fiscais da Alfândega e da Divisão de Repressão ao Contrabando da 7ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil apreenderam hoje (30), no Porto do Rio de Janeiro, 108,4 quilos de cocaína. A droga estava escondida em cinco mochilas guardadas dentro de caixas em um contêiner de um navio com destino a Sevilha, na Espanha. A droga é avaliada pela Receita Federal em US$ 3 milhões.
O superintendente adjunto da 7ª Região Fiscal da Receita, Marcus Vinicius Pontes, disse à Agência Brasil que as investigações começaram na Alfândega do Porto de Santos, em São Paulo, onde havia a suspeita de um embarque de cocaína para a Espanha. Oitenta contêineres foram escaneados no local, mas a informação não chegou a ser confirmada. A investigação foi aprofundada e, quando a embarcação chegou ao Rio de Janeiro, os fiscais – com a análise de imagens das cargas e o auxílio de cães farejadores – encontraram a droga escondida em um contêiner de mudança.
“Era um contêiner de uma pessoa que ia morar na Espanha. A princípio, essa pessoa não tem ligação com essa droga. Aproveitou-se essa mudança e clandestinamente se introduziu a droga ali”, disse o superintendente adjunto.
Pontes informou que o uso de um contêiner de mudança para o transporte da droga dificulta a fiscalização por meio da análise das imagens escaneadas. “Na imagem, a mudança é extremamente complexa porque tem vários bens como bicicleta, televisão, geladeira. Não é a mesma coisa de uma imagem de um contêiner que só tem alimentos. Se alguém colocar uma droga ali fica muito evidente. No contêiner com mudança, como são vários bens, fica mais difícil ver só pela imagem. Por isso, a gente usou os cães para fechar o alvo”, contou.
O superintendente adjunto informou ainda que a carga foi encaminhada à Polícia Federal, que vai investigar o caso para identificar o responsável pela cocaína. “É necessário fazer uma investigação para poder tentar identificar quem tentou colocar essa droga na embarcação e desbaratar essa quadrilha.”
Edição: Juliana Andrade
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