Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O motorista que costuma trafegar pelas ruas e avenidas da região central da capital paulista tem de ficar mais atento às mudanças implantadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) por meio do projeto Área 40. Desde ontem (21), a velocidade máxima, que estava padronizada em 50 quilômetros por hora (km/h), foi reduzida para 40 km/h. Com a medida, a companhia pretende aumentar a segurança de pedestres e ciclistas e reduzir o número de acidentes e atropelamentos na região. Segundo a CET, a medida tem caráter educativo e ainda não há data para o início da fiscalização.
As alterações abrangem as vias da denominada rótula central, com extensão de 5 km, passando pelo circuito das avenidas Mercúrio, Ipiranga, São Luís, Rangel Pestana e pelos viadutos Nove de Julho, Jacareí e Dona Paulina; além da Praça Doutor João Mendes, Rua Anita Garibaldi, Praça Clóvis Bevilacqua, Avenida Rangel Pestana, do Viaduto 25 de Março, e, fechando o círculo, do Viaduto Mercúrio.
Nessa área, segundo a CET, há uma concentração de pedestres e a expectativa é criar condições mais seguras. Dados da companhia mostram que, de 2011 para 2012, o número de mortes de pedestres caiu de 617 para 540.
Para orientar o motorista, foram utilizadas 136 placas de sinalização vertical de regulamentação e advertência, além de 217 metros quadrados de sinalização horizontal em vias afetadas pela mudança.
O consultor de tráfego Sérgio Ejzenberg, observa, que há mais de 15 anos, as autoridades das grandes metrópoles no mundo inteiro têm adotado essa estratégia. “Na hora em que você reduz a velocidade, você reduz os acidentes, reduz a gravidade dos acidentes e também o número de atropelamentos.”
Na avaliação dele, a medida é positiva, levando em consideração o fato de que nessa região há uma grande quantidade de pessoas circulando em meio a motocicletas, veículos e ônibus. No entanto, ele adverte que o projeto requer fiscalização especial. “Para fiscalizar a redução da velocidade, os radares normais não servem, porque eles não são eficientes e geram uma enxurrada de multas, vira uma indústria de multas.” Para o especialista, o ideal seria a colocação de lombadas eletrônicas.
Edição: Juliana Andrade
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