Governo brasileiro diz que acompanha com preocupação conflitos entre governo e oposição em Moçambique

22/10/2013 - 20h01

Luciano Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Brasília -  O governo brasileiro manifestou preocupação com os conflitos entre as Forças Armadas de Moçambique e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição. Na última quinta-feira (17) as Forças Armadas atacaram a sede da Renamo em Gongorosa, na província de Sofala, região central do país, em resposta a uma emboscada. Segundo o Ministério da Defesa moçambicano, dois homens da Renamo foram mortos e um foi capturado.

De acordo com a agência de notícias portuguesa Lusa, homens armados da Renamo atacaram na tarde de hoje (22) uma coluna militar na província de Sofala. Ainda de acordo com a Lusa, o ataque aconteceu após o Exército ter ocupado ontem a principal base da Renamo, na província de Sofala, onde estava o líder do grupo, Afonso Dhlakama, que fugiu do local. Os conflitos ocorrem há pouco menos de um mês das eleições municipais.
 
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que o governo brasileiro acompanha com preocupação os incidentes ocorridos e que o "Brasil acredita que a busca de soluções para as divergências entre as partes deve perseverar no caminho do diálogo e da negociação, em quadro de fortalecimento do Estado de Direito, das instituições democráticas e da estabilidade".

Após a independência conquistada por Moçambique em 1975, a Frelimo e a Renamo entraram em uma guerra civil que durou de 1976 a 1992 e foi finalizada com o Acordo Geral de Paz, no mesmo ano. Um rompimento poderia levar à retomada do conflito armado.

Edição: Fábio Massalli

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