Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A exploração do petróleo brasileiro pelo sistema de partilha garante o atendimento dos interesses nacionais, afirmam o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, e o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), João Carlos de Luca, que acompanham de perto o leilão do Campo de Libra, o primeiro do pré-sal, a ser realizado nesta tarde, em um hotel na Barra da Tijuca.
Apesar dos diversos protestos contra o leilão, Bueno e de Luca consideram o regime de partilha mais vantajoso para o país do que o de concessão, que era adotado anteriormente. Para o secretário, o leilão dará início a uma nova fase de progresso para o país, e especialmente para os estados da Região Sudeste. “O Campo de Libra está em frente ao Rio [de Janeiro] e há perspectiva de as participações governamentais entrarem na receita do estado", disse Bueno.
Mas, acrescentou o secretário, é mais do que isso: "há um ciclo de investimentos em torno do novo campo, incluindo todos os equipamentos e as plataformas. São de 10 [bilhões] a 12 bilhões de barris recuperáveis, e isso impacta a economia em qualquer lugar do mundo. Eu acho que os interesses brasileiros estão assegurados.”
João Carlos de Luca também destacou a garantia dos interesses brasileiros com o novo sistema. "[A partilha] garante [os interesses nacionais], até porque ela tem um government take [partilha do governo] maior do que o da concessão. E o governo entende que, tendo a propriedade do petróleo, tem acesso à própria riqueza", disse o presidente do IBP.
"É uma questão de discutir se a partilha é melhor ou se a concessão é melhor. Mas os royalties são 15%, um valor maior do que o da concessão, e o governo fica com uma parte do profit oil [lucro do petróleo]. Então os interesses do país seguramente estão garantidos”, reforçou de Luca.
Edição: Nádia Franco//O título e o texto foram alterados às 14h57 do dia 22/10/2013 para toranr as informações mais claras
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