Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (21) que o governo não cogita alterar o modelo de leilão usado para o Campo de Libra, o primeiro do pré-sal, arrematado no início da tarde. Mantega ressaltou que julga adequado o modelo de concessão para reservas de risco e o de partilha para poços que têm petróleo assegurado, como o de Libra, localizado na Bacia de Santos.
“Os dois modelos são compatíveis. Não vejo razão para uma mudança no modelo, principalmente agora, que vimos que funciona. Mas nada impede que [os modelos] possam ser aperfeiçoados. No momento, o governo não está cogitando em fazer mudança”, disse o ministro em entrevista coletiva no escritório da Presidência da República em São Paulo.
Sobre o fato de apenas um consórcio ter se habilitado para o leilão, Mantega destacou que o governo continua buscando modelos atraentes para as empresas para gerar competição. “Só que, como nós estamos falando de grandes somas de investimentos, e também de grande capacidade tecnológica, isso limita um pouco a participação.”
Mantega ressaltou, no entanto, que o governo ficou satisfeito com o consórcio vencedor mas, no futuro, espera que possa haver leilões com mais concorrentes. O grupo que arrematou o Campo de Libra é formado pela anglo-holandesa Shell, a francesa Total, as chinesas CNPC e Cnooc e a brasileira Petrobras
“[Outras empresas] não devem ter participado por questões estratégicas, ou têm outros investimentos a fazer, ou não cabia no portifólio, ou não julgaram interessante. Cada empresa é que deve dizer. Mesmo que seja um consórcio, mas ele foi um consórcio com várias empresas e é perfeitamente satisfatório”, concluiu.
Edição: Nádia Franco
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil