BC reforça que se manterá “vigilante” para reduzir riscos de persistência de inflação

17/10/2013 - 9h58

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) destacou que deve se manter “especialmente vigilante” para reduzir os ricos de que níveis elevados de inflação persistam, como observado nos últimos 12 meses. A avaliação consta na ata da última reunião do Copom, divulgada hoje (17). No último dia 9, o comitê manteve a estratégia de aumento da taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual. Atualmente, a Selic, está em 9,5% ao ano. O comitê eleva a taxa Selic quando considera que a inflação está em alta no país.

O Copom também reiterou que “a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência”. Segundo o comitê, também contribuem para essa resistência mecanismos formais e informais de indexação (reajustes de preços com base de índices de inflação) e a percepção dos agentes econômicos sobre a dinâmica da inflação.

“Tendo em vista os danos que a persistência desse processo causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, na visão do comitê, faz-se necessário que, com a devida tempestividade, o mesmo [efeito] seja revertido”, diz o Copom, na ata. “Nesse contexto, o Copom entende ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso”, acrescentou.

Na ata, o Copom também avalia que a projeção para a inflação de 2013 diminuiu em relação ao valor considerado na última reunião, porém, permanece acima do centro da meta de 4,5% – fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2014, a projeção de inflação recuou em relação ao valor considerado na reunião do Copom de agosto, mas ainda acima da meta de 4,5%.

Na ata, o comitê não divulga os valores de suas projeções para a inflação. No último Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente, o BC projeta inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 5,8%, este ano, e em 5,7%, em 2014.
 

Edição: Talita Cavalcante

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil