Da Agência Brasil*
Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou hoje (5) aos republicanos, que bloqueiam a aprovação do Orçamento no Congresso, para que "parem com a farsa" e pediu que votem imediatamente para acabar com o impasse que paralisa a administração pública.
"Votem. Parem esta farsa. Acabem com o shutdown [fechamento do governo]", disse o presidente norte-americano, dirigindo-se aos republicanos, em seu programa semanal de televisão.
A crise orçamentária em Washington, que desde terça-feira (1º) provoca a paralisia parcial dos serviços federais, continua sem solução à vista. "Só há uma maneira de sair deste insensato e prejudicial encerramento do governo: aprovem um orçamento que financie o nosso governo, sem barreiras partidárias", disse Obama.
Obama ressaltou que o Senado já aprovou o Orçamento e que o impasse concentra-se na Câmara de Representantes, que reúne os deputados norte-americanos. "Há suficientes republicanos e democratas eleitos na Câmara de Representantes prontos a fazer o mesmo e a acabar imediatamente com a paralisia orçamental", salientou.
Segundo o presidente norte-americano, a dificuldade está sendo criada por uma ala radical do Partido Republicano, que não quer deixar o presidente da Câmara, John Boerhner submeter o orçamento à votação. Obama declarou ainda que não fará barganhas em troca da recuperação da atividade da administração nem da alteração do limite da dívida.
Os Estados Unidos deverão atingir o limite da sua dívida, atualmente fixada em US$ 16,7 trilhões, até 17 de outubro. O Congresso deve aprovar um reajuste desse valor para evitar um calote nos títulos norte-americanos de consequências potencialmente graves. "Por muito perigosa que seja uma paralisia orçamental, uma paralisia econômica devido à falta de pagamento seria bem pior", disse o presiente.
Por causa da falta de acordo acerca do Orçamento no Congresso, as administrações centrais do país estão parcialmente encerradas desde terça-feira e cerca de 900 mil funcionários federais, ou seja 43% dos efetivos, foram colocados de férias, sem salário.
*Com informações da Agência Lusa
Edição: Nádia Franco