Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rio de Janeiro (OAB-RJ), Felipe Santa Cruz, cobrou hoje (25) mais rapidez na solução do caso envolvendo o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza. Ele sumiu no dia 14 de julho, depois de ser levado por policiais militares para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.
“A OAB cobra mais agilidade e respostas concretas. Parece que houve uma grande cortina de fumaça. Temos depoimentos de advogados que nos deixam muito preocupados com o encaminhamento do inquérito”, declarou Santa Cruz.
Para o presidente da OAB-RJ já existem indícios que justificam até mesmo a prisão dos PMs que estavam trabalhando na UPP da Rocinha no dia do desaparecimento de Amarildo.
“Chegamos nesses 70 dias [após o sumiço] muito preocupados. Já deveria ter sido dado um encaminhamento da prisão de todos os policiais que estavam presentes na UPP naquele dia. Mais uma vez se faz a defesa corporativa da polícia. Negar, em um caso grave desses, é desprestigiar o policial honesto”, disse.
O presidente da OAB-RJ concedeu entrevista à imprensa após a abertura do seminário Trânsito e Mobilidade Urbana no Rio de Janeiro: Novos Projetos Viários e Integração. Procurada para comentar as declarações do presidente da OAB-RJ, a Polícia Civil respondeu, por meio de nota enviada pela assessoria, que "as investigações estão em andamento e o delegado [Rivaldo Barbosa, titular da Delegacia de Homicídios] aguarda os resultados dos laudos da perícia".
Edição: Aécio Amado
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