Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, descartou a possibilidade do banco de dados de exploração e produção de óleo e gás natural no país ter sido espionado pelos Estados Unidos. Durante audiência pública no Senado sobre a questão da espionagem dos Estados Unidos na Petrobras, Magda Chambriard disse que o banco de dados da agência – um dos maiores acervos do mundo, com dados geológicos, físicos e sísmicos, além de amostras, testes e perfis de poços de óleo e gás – está seguro.
Segundo ela, além de não estar disponível na internet, o banco de dados está localizado em uma sala-cofre à prova de balas, incêndio e protegido de outras ameaças. “Podem ficar tranquilos. Não é possível espionar o nosso banco de dados por meio da rede mundial de computadores”, disse. Só um “espião paranormal” teria como roubar essas informações, acrescentou.
De acordo com a diretora, estimativas da agência apontam que o Campo de Libra, a ser leiloado no dia 21 de outubro, gerará no prazo de 30 anos R$ 300 bilhões em royalties para o país, e R$ 600 bilhões em participação para a União. Ela, no entanto, enfatizou que esses valores representam uma “estimativa que depende do espaço de desenvolvimento do campo e de projetos da empresa” que vencer a licitação.
Desde 25 de junho, 18 empresas, de diversos países, pediram à ANP acesso aos dados sobre o Campo de Libra, além de 11 que já acessam as informações por serem consideradas parceiras associadas, informou a diretora.
Edição: Carolina Pimentel
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