Marcelo Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério do Trabalho e Emprego anunciou hoje (16) que “diversos órgãos federais” ajudarão na análise dos convênios celebrados pela pasta. Até o momento, alguns confirmados são o Ministério do Planejamento e a Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo a assessoria do ministério, os demais órgãos participantes ainda estão sendo definidos.
Uma reunião na Casa Civil, nesta manhã, definiu a parceria. Participaram do encontro os ministros Manoel Dias (Trabalho), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Miriam Belchior (Planejamento). Também foi acertado que a CGU fará treinamento dos técnicos que irão analisar os convênios.
Convênios firmados pelo ministério são investigados pela Operação Esopo, da Polícia Federal, deflagrada no último dia 9. A operação revelou esquema de fraudes em licitações do ministério, com prejuízos de R$ 400 milhões aos cofres públicos. As investigações apontam indícios de fraudes em licitações de prestações de serviços, de construção de cisternas, de produção de eventos turísticos e de festivais artísticos.
O ministério instarou uma sindicância que vai apurar os fatos denunciados pela Polícia Federal, envolvendo o Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), principal alvo da investigação. De acordo com portaria publicada hoje (16) no Diário Oficial da União, dois auditores fiscais do ministério terão 30 dias para concluir os trabalhos.
No último sábado (14), o ministério anunciou a suspensão por 30 dias do repasse de recursos para convênios da pasta, até que sejam concluídos os levantamentos que identificarão a situação de cada contrato.
Após a operação policial, três servidores do ministério foram presos. Citado na investigação, o secretário executivo, Paulo Roberto Pinto, foi exonerado a pedido na semana passada.
Edição: Carolina Pimentel
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