Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Pelo segundo dia consecutivo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara teve que suspender os trabalhos devido a protestos pela retirada de pauta do o projeto de lei que regulamenta o trabalho terceirizado (PL 4.330/04). Neste momento, o presidente da CCJ, deputado Décio Lima (PT-SC), e alguns membros do colegiado, estão reunidos com o presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para discutir o problema.
Segundo o presidente da Câmara, na reunião serão debatidas medidas para evitar que esses episódios voltem a ocorrer. Há duas semanas, os líderes partidários anunciaram que começariam a debater medidas para restringir o acesso de pessoas às dependências da Casa.
Para evitar tumultos, Henrique Alves sugeriu que o debate sobre o projeto de lei que regulamenta a terceirização ocorra na próxima semana, a fim de se buscar um acordo entre as centrais sindicais e empregadores.
Ontem (3), sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), contrários ao projeto, entraram em confronto com as polícias Legislativa e Militar. Parte do grupo que não conseguiu ter acesso à CCJ forçou a entrada e teve que ser contida pela polícia.
Dentro da CCJ, a discussão entre representantes da CUT e manifestantes favoráveis ao projeto inviabilizou os trabalhos da comissão. Com isso, o presidente Décio Lima cancelou a reunião.
Edição: Talita Cavalcante
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