Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os professores da rede municipal de ensino do Rio decidiram em assembleia agora à tarde nos Arcos da Lapa, no centro da capital fluminense, continuar com a greve até a próxima sexta-feira (6), quando se reúnem em nova assembleia da categoria, em frente ao Centro Administrativo da prefeitura na Cidade Nova.
Os professores municipais estão em greve desde o dia 8 do mês passado, reivindicando reajuste de 19% para compor as perdas salariais, melhorias no ensino, dentre outras reivindicações. Ontem (2), o desembargador Antônio Eduardo Ferreira Duarte, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deferiu liminar em ação movida pelo município do Rio de Janeiro contra o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe).
Em sua decisão, o desembargador determinou que o sindicato suspenda imediata e integralmente o movimento grevista. Com a medida, se os professores não voltarem ao trabalho, o sindicato terá que pagar multa de R$ 200 mil por dia, em caso de descumprimento. A Justiça determinou ainda que a greve fosse suspensa em um prazo de 48 horas. O Sepe informou que o prazo legal vai até a próxima quinta-feira (5), pois a notificação foi recebida hoje à tarde pelo sindicato.
A coordenadora do Sepe, Marta Moraes, disse que a categoria quer abrir um novo canal de negociações com a prefeitura e que "ontem fomos recebidos pelo vice-prefeito Adilson Pires e colocamos a nossa disposição de voltarmos a sentar à mesa de negociações".
Após a assembleia, os professores saíram em passeata até a sede da Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, onde está reunida, neste momento, avaliando os rumos do movimento.
A assessoria da prefeitura do Rio disse que não vai comentar a decisão dos professores de continuar a greve mesmo depois da Justiça determinar o retorno imediato da categoria às aulas.
Edição: Fábio Massalli
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