Fechados no Rio sete fornos clandestinos de carvão

03/09/2013 - 14h54

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) dinamitou hoje (3) sete fornos clandestinos de carvão, prendeu um caçador e desarmou armadilhas para animais em Rio Claro, na região do Médio Paraíba. Dos fornos dinamitados, cinco estavam ativos. A ação ocorreu perto do local onde o ambientalista espanhol Gonzalo Alonso foi assassinado no início de agosto.

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, informou que, até janeiro do ano que vem, uma Unidade de Polícia Ambiental (Upam) será montada no município para proteger o Parque Estadual do Cunhambebe, em cujas proximidades foram fechados os fornos clandestinos.

“São operações que estavam programadas antes do assassinato, e estão sendo desencadeadas no segundo maior parque estadual, que fica próximo a várias cidades. Já tivemos operações na semana passada. Até janeiro, deveremos montar a Upam em Rio Claro para proteger o parque.”

Minc disse que os fornos clandestinos prejudicam muito o meio ambiente, visto que. para fazer mil quilos de carvão, são necessárias 5 toneladas de madeira.

“Eles [fornos] literalmente transformam a Mata Atlântica em carvão. Os dois que estavam desativados estavam em áreas em que a Mata Atlântica já havia sido toda destruída. Cada forno desses faz 150 quilos[de carvão] por semana. Para fazer mil quilos, são necessários 5 mil quilos de árvore [madeira]. A destruição era grande.”

De acordo com o secretário, as ações em Rio Claro continuarão até que sejam presos os organizadores da operação ilegal de produção de carvão no município. Ele informou que cerca de 30 guarda-parques fazem a segurança da biodiversidade no local.

Edição: Nádia Franco

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