Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O esforço fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) nos primeiros sete meses deste ano atingiu R$ 38,1 bilhões. O resultado é 26,7% inferior ao do mesmo período do ano passado. Em julho, o superávit primário somou R$ 3,7 bilhões, resultado 7,1% inferior ao do mesmo mês do ano passado. As informações foram divulgadas hoje (29) pelo Tesouro Nacional.
A queda no superávit primário em 2013 ocorre principalmente porque as despesas continuam crescendo em ritmo maior do que o das receitas. De janeiro a julho, a receita total do Governo Central subiu 7,9%, mas os gastos aumentaram 12,8%, puxados pelas despesas de custeio (manutenção da máquina pública), que aumentaram 15% em relação aos sete primeiros meses de 2012.
Os investimentos, que englobam as obras públicas e a compra de equipamentos, permaneceram estáveis em R$ 38,8 bilhões no acumulado de janeiro a julho, na comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento acumulado desse tipo de gasto somava 8,8% até abril, 2,3% até maio e 1% até junho.
Os gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aumentaram 6,8% nos sete primeiros meses do ano com relação ao mesmo período do ano passado, somando R$ 26,4 bilhões. Até maio, o crescimento acumulado somava 15,7%, e, até junho, 7%. Houve, portanto, uma desaceleração nos desembolsos.
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública. O esforço fiscal permite a redução, no médio e no longo prazos, do endividamento do governo. Desde o fim dos anos 1990, o governo segue uma meta de superávit primário.
*Colaborou Wellton Máximo
Edição: Juliana Andrade
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