Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, anunciou que vai combater a guerrilha denominada Exército do Povo Paraguaio (EPP) com a presença do Estado. Cartes disse que não usará armas no combate. A decisão foi anunciada por ele durante reunião com os líderes dos partidos políticos do Senado e da Câmara, na residência presidencial Mburuvicha Róga.
“O presidente tem clara compreensão da magnitude do problema, entende basicamente que o desenvolvimento de certas situações é consequência do precário desenvolvimento de nossas instituições”, disse o senador Adolfo Ferrero (Movimento Avança País).
Para combater o EPP, o governo paraguaio analisa normas jurídicas que permitam a utilização, com maior clareza e precisão, dos recursos das Forças Armadas. Segundo o senador, a prioridade do presidente é buscar a pacificação das áreas em que a guerrilha atua, promovendo reformas com o apoio do Estado e da sociedade.
O senador Carlos Amarilla (Partido Liberal Radical Autêntico) disse que a Câmara dos Deputados analisa hoje a ampliação da Lei de Defesa Nacional e Segurança Interna e que o Senado ficará em alerta para concluir a avaliação em seguida. A ideia, segundo o parlamentar, é apressar as análises para dar encaminhamento ao governo.
“Precisamos de celeridade para dotar o comando das Forças Armadas de faculdades legais que permitam que trabalhe para auxiliar nas ações da Polícia Nacional [semelhante à Polícia Federal no Brasil]”, disse Amarilla.
O EPP é um grupo guerrilheiro que opera no Paraguai, principalmente na região de Concepción, no Noroeste do país. O governo não informou quantos integrantes há no grupo.
*Com informações da agência pública de notícias do Paraguai, Ipparaguay
Edição: Graça Adjuto