Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, subiu 0,16% em agosto, alta superior à de julho, quando subiu 0,07%. No acumulado no ano, a taxa registra alta de 3,69%, acima dos 3,32% acumulados no mesmo período de 2012.
As informações foram divulgadas hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 teve alta de 6,15%, abaixo dos 6,40% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2012, a taxa havia ficado em 0,39%.
O estudo mostra ainda que a alta do índice em agosto deve-se, principalmente, à queda menos intensa dos grupos alimentação e bebidas (de -0,18% em julho para -0,09% em agosto) e transporte (de -0,55% para -0,30%), bem como à alta na taxa do grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,20% para 0,45%) e educação (de 0,11% para 0,68%).
No grupo alimentos, a alta no preço do leite longa vida (5,46%) liderou o ranking dos principais impactos individuais do mês, com 0,06 ponto percentual. Os outros itens cujas altas merecem destaque são: feijão-preto (5,35%), cerveja consumida no domicílio (3,33%), cerveja consumida fora do domicílio (1,17%), lanche (0,96%) e refeição (0,36%). Entre os alimentos que seguiram a trajetória de queda, os que tiveram redução mais acentuada foram: tomate (-22,96%), cebola (-20,09%), feijão-carioca (-6,03%), batata-inglesa (-4,81%) e frutas (-1,99%).
No item transporte, as quedas, embora menos intensas, ainda são reflexo das desonerações iniciadas em junho. Variaram as taxas de ônibus urbano (de -1,02% em julho para -1,69% em agosto), de ônibus intermunicipal (de -0,91% para -0,70%), de trem (de -1,15% para -1,96%) e de metrô (de -2,02% para -2,24%). Já a gasolina passou de -0,69% para 0,03%, e o etanol de -3,71% para -0,22%, fazendo com que o grupo transporte tivesse queda menor do que no mês anterior.
No grupo educação, os cursos regulares variaram 0,56%, enquanto os cursos diversos (como informática e idioma) apresentaram alta de 1,71%.
Já o grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,20% em julho para 0,45% em agosto) teve alta influenciada, sobretudo, pelos serviços médicos e dentários (1,12%) e de produtos de higiene pessoal (0,42%). Os preços dos remédios, porém, continuam em queda (-0,21%), segundo a pesquisa.
Os artigos de residência (de -0,06% julho para 0,62% em agosto) também subiram, principalmente, devido ao aumento nos preços dos eletrodomésticos (de -0,30% para 1,00%), TV, som e informática (de -0,54% para 0,77%) e mobiliário (de -0,22% para 0,46%).
A queda da taxa do grupo habitação, que passou de 0,60% em julho para 0,56% em agosto, foi influenciada pela redução da taxa de água e esgoto (de 0,94% para 0,16%) e aluguel residencial (de 0,83% para 0,74%).
Nas despesas pessoais, que também teve variação de 1,08% em julho para 0,51% em agosto, o destaque ficou com o item empregado doméstico (1,45% para 0,53%), seguido de cabeleireiro (de 1,24% para 0,62%) e manicure (de 0,53% para 0,37%).
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Curitiba (0,51%) em virtude da energia elétrica (4,52%), que refletiu o reajuste de 8,64% nas tarifas a partir de 9 de julho. A gasolina (4,82%) e o etanol (2,04%) também pressionaram o índice da região. O menor índice foi o de Salvador (-0,17%), onde o preço dos alimentos teve queda de 1,23%.
Edição: Denise Griesinger
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