Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), foi hostilizado há pouco por policiais que protestam nos corredores da Casa para pressionar os deputados pela votação, em segundo turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que institui o piso nacional da categoria.
Aos gritos de “traidor” e “mensalão”, o petista foi cercado por dezenas de policiais que reivindicavam uma posição do líder favorável à PEC. Chinaglia chegou a se desentender com um dos manifestantes, mas parou, algumas vezes para ouvir policiais no trajeto da sala da presidência da Casa até o elevador.
“Isso não me impressiona. Já enfrentamos a ditadura e temos convicção do que estamos fazendo, então, não tem nenhum problema. Alguns podem criar, inclusive, uma situação, como criaram hoje, em que o presidente [da Câmara, Henrique Eduardo Alves] disse que não pauta [a PEC, exigência dos policiais] sob nenhuma hipótese”, minimizou o petista.
Segundo ele, durante o encontro dos representantes dos policiais com o presidente e os líderes partidários, que já estavam reunidos quando os manifestantes forçaram a entrada no prédio da Câmara e depois tentaram invadir o plenário, ficou acordado que o tema seria debatido, na próxima semana, na reunião dos líderes.
“O presidente Henrique falou que, com essa pressão, naturalmente, não vai colocar em pauta [a votação da PEC), e na terça-feira, no colégio de líderes, colocará em debate para ver o que cada bancada pensa. Não significa que vai votar. Cabe a ele, presidente, e não ao líder do governo, conduzir esse processo”, acrescentou Chinaglia.
Edição: Davi Oliveira
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil