Da Agência Brasil
São Paulo - O acampamento montado em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, completa hoje (5) três dias. Cerca de 20 manifestantes chegaram ao local na madrugada de sábado (2) após participarem de um protesto na região da Avenida Paulista.
Eles reivindicam a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a recente denúncia de formação de cartel nas licitações do metrô e trem de São Paulo. Pedem ainda desmilitarização da polícia e a responsabilização do governo estadual em casos de violações de direitos humanos, entre eles a reintegração de posse da comunidade Pinheirinho, em São José dos Campos, e o Massacre do Carandiru.
Os manifestantes informaram que não houve confronto com a polícia que faz a guarda do palácio e que a situação no local é tranquila. Os jovens disseram que não pretendem deixar o local até que as reivindicações sejam atendidas. Eles propuseram uma reunião com o governador Geraldo Alckmin, mas não obtiveram retorno. A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes para saber qual o posicionamento do governo sobre a questão, mas até o momento de publicação da matéria não obteve retorno.
O grupo não se identifica como parte de uma organização política ou partidária, mas alguns integrantes são filiados a partidos políticos ou movimentos sindicais. "Cada um vem aqui com sua própria ideologia. A gente senta e discute todos os assuntos que são colocados em pauta", disse um estudante que se identificou como Arthur Biu.
Eles explicaram que os participantes do protesto são estudantes e trabalhadores e, por isso, estão fazendo um revezamento. Segundo os manifestantes, no turno da noite, o total de acampados chega a cerca de 70 pessoas. O grupo pretende enviar representantes ao protesto previsto para amanhã (6) na Avenida Paulista.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), um dos jovens, que fazia parte do acampamento, um técnico em informática de 23 anos, foi detido no início da manhã de domingo (4) e levado para o 89º Distrito Policial, no bairro Jardim Taboão. O boletim de ocorrência informa que ele foi detido por policiais militares após pichar o Portão 2 da sede do governo.
Edição: Juliana Andrade
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