Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estiveram hoje (1) na Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, centro do Rio, para avaliar os danos causados por manifestantes que entraram ontem (31) por um portão aberto na entrada lateral do Palácio Pedro Ernesto e destruíram vidraças, mobiliários e obras de arte. O resultado do relatório sairá amanhã (2). Para garantir a segurança do prédio, desde a manhã de hoje uma viatura da Polícia Militar está de prontidão na porta da Câmara, mas não ocorreram novas manifestações.
A Coordenadoria Militar da Câmara Municipal fez um levantamento dos mobiliários e obras de arte que foram danificadas. De acordo com a assessoria da Câmara, parte da base de sustentação e do busto de Pedro Ernesto (prefeito do Rio de Janeiro nos anos 1930, quando a cidade era capital federal), de Pinto dos Santos datado de 1933, foram danificados e os manifestantes picharam a obra de arte Retrato do Coronel Moreira Cesar, de autoria do italiano Gustavo dell'Ara (óleo sobre tela com dimensão 120 x 90 cm), retiraram três bases do painel de votação do plenário e destruíram a sala do servidor de internet da Casa.
Os manifestantes também retiraram o equipamento para detecção de metais situado na entrada lateral da Rua Alcindo Guanabara, por onde eles entraram no prédio. As salas da liderança do Governo, Coordenadoria Militar, Cerimonial e Sala Inglesa foram arrombadas e pichações foram feitas na área interna do Palácio Pedro Ernesto.
Em nota, a Mesa Diretora da Câmara Municipal do Rio “declara apoio às manifestações populares, quando feitas de forma pacífica, por representarem a essência do Estado democrático. Entretanto, repudia a invasão e os atos de depredação do Palácio Pedro Ernesto [patrimônio público, sede do Legislativo carioca e espaço de legítima representação popular]".
Edição: Fábio Massalli
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil