Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Quarenta voos com destino ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antonio Carlos Jobim tiveram que ser transferidos para outros aeroportos, devido ao forte nevoeiro que provocou a suspensão dos pousos durante quase quatro horas na manhã de hoje (1º). De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), os voos foram transferidos para aeroportos como Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Confins, em Minas Gerais.
O aeroporto do Galeão, que fechou para pousos às 6h40, só teve as operações retomadas às 10h16. Por isso, o terminal de desembarque ficou muito cheio, com parentes e amigos à espera de passageiros, cujos voos foram realocados para outros estados.
Por volta das 10h, a aposentada Maria da Costa, de 72 anos, e seu marido, que tem 80 anos, aguardavam em pé, desde as 7h, a chegada da filha e dos netos, que vinham da Itália. "Moro em Paraíba do Sul [interior do Rio de Janeiro]. Estou esperando há horas e acredito que tenha que esperar mais, porque ainda não me informaram para que voo eles foram realocados. Ficar aqui o dia inteiro em pé esperando, para alguém da minha idade, é um absurdo", disse a aposentada.
A maior parte dos voos foi transferida para São Paulo. Foi o que ocorreu com o filho da funcionária pública Lívia Helena Sousa Fernandes, de 43 anos, que aguardava no saguão desde as 8h30. “O voo dele teve que pousar em Guarulhos, mas ainda não deram previsão de quando virá para o Rio. Talvez eu tenha que esperar o dia todo aqui, tendo que faltar ao trabalho. Isso é muito chato", reclamou Lívia.
Além do mau tempo, teve início hoje em alguns setores a paralisação dos aeroportuários, para adesão à greve nacional. O setor do pátio já havia parado desde ontem (31), mas hoje a segurança, o serviço de vigilância e o setor de operações resolveram participar da greve. Manifestantes fizeram uma caminhada do Terminal 1 ao 2, com apitos e buzinadas, no início da manhã.
Cartazes foram colados em frente ao prédio administrativo do aeroporto e ao lado do sindicato, onde cerca de 50 funcionários estão acampados e pretendem ficar até que a Infraero apresente um contrato plausível para os funcionários.
Os aeroportuários reivindicam reajuste salarial de 16%, e não de 6,49%, como a empresa propôs, plano odontológico integral, e não de 50% e que os pais dos aeroportuários continuem como dependentes no plano de saúde. Os funcionários continuarão com a greve até que a Infraero proponha um acordo. Segundo o sindicato, um novo ato de mobilização será feito na tarde de hoje com caminhada e apitaço.
Edição: Nádia Franco
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