Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida) de 2013 recebeu 1.851 inscrições, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova. As inscrições terminaram ontem (30). O número representa um salto de 109% em relação ao número de participantes da edição do ano passado, quando 884 pessoas fizeram o exame.
A confirmação da inscrição é feita após o pagamento da taxa de R$ 100 para a primeira fase. Caso aprovado, o candidato deve pagar mais uma taxa de R$ 300 para participar da segunda etapa do exame. Os médicos aprovados podem exercer a medicina no Brasil da mesma forma que os médicos formados no país.
O Revalida foi criado em 2011 e é aplicado uma vez por ano, em duas etapas. Na primeira, ao candidatos fazem uma avaliação escrita – composta por uma prova objetiva, com questões de múltipla escolha, e uma prova discursiva. Na segunda etapa, avaliam-se as habilidades clínicas.
Entram na avaliação conteúdos e competências das cinco áreas de exercício profissional: cirurgia, medicina de família e comunidade, pediatria, ginecologia-obstetrícia e clínica médica. Além disso, o exame estabelece níveis de desempenho esperados para as habilidades específicas de cada área.
O Revalida é conhecido pelo alto grau de dificuldade. No ano passado, o índice de aprovação variou entre 6,41% entre os estudantes bolivianos e 27,27% entre os venezuelanos. Os brasileiros com diploma obtido no exterior também são obrigados a fazer o Revalida para trabalhar no país. Neste caso, o índice de aprovação no ano passado, 7,5%, foi inferior ao de 2011 (7,89%).
Este ano, estudantes brasileiros que cursam o sexto ano de medicina farão o exame como pré-teste. A prova será aplicada a uma parcela de alunos das instituições que aderiram ao processo de forma espontânea.
Edição: Juliana Andrade
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