Símbolos da JMJ ficam no Rio até 6 de agosto e percorrerão mais de 30 presídios

25/07/2013 - 17h16

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, permanecerão no Brasil após o retorno do papa Francisco ao Vaticano, no próximo domingo (28). O anúncio foi feito hoje (25), no centro de mídia da JMJ, pelo diretor executivo da pré-jornada, padre Jefferson Merighetti.

Os símbolos ficarão na capital fluminense até o dia 6 de agosto. Durante o período, eles deverão percorrer mais de 30 presídios e unidades de correção socioeducativas. “Temos que conduzir a esperança a muitos lugares, para as famílias, e para a prisão também”, disse Merighetti.

O padre informou ainda que o Complexo de Bangu está incluído entre os locais que receberão os símbolos da JMJ. A Igreja Católica pretende expandir o atendimento nas prisões que, atualmente, é limitado pela legislação que autoriza esse trabalho.

O padre Walnei de Moura Antunes, representante da Igreja na Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), informou que, de acordo com a lei, as organizações religiosas só podem cadastrar até seis agentes por unidade. A Igreja Católica, segundo ele, acaba sendo sub-representada, porque o critério adotado para a identificação das religiões é o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

O religioso esclareceu que a Igreja Católica tem um CNPJ apenas, ao contrário de outras religiões que têm várias denominações, cada uma com um CNPJ. Segundo ele, embora a Igreja Católica tenha muitas paróquias, isso não é levado em conta pela Seap. A vice-coordenadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Leste 1), Vera Lucia Alves, presente à entrevista, apontou que o problema pode ser resolvido pela Seap com a autorização para o credenciamento por paróquia. Ela reconheceu que é um trabalho difícil, que exige parceria, e se reveste de importância, tendo em vista que o Brasil tem a quarta população carcerária do mundo.

Vera Lucia acredita que o encontro que o papa Francisco terá amanhã (26), no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim, no bairro da Glória, zona sul do Rio, com cinco jovens detentos que cumprem ações socioeducativas, fará com que muitas barreiras possam ser derrubadas.

 

Edição: Aécio Amado

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