Da Agência Brasil
Brasília – O discurso do papa Francisco ontem (24) condenando a liberalização do uso de drogas, durante a inauguração do Polo de Atendimento a Dependentes Químicos, do Hospital São Francisco, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio, foi destaque na imprensa internacional.
O site do jornal inglês The Guardian ressaltou que o pontífice entrou em temas políticos com uma veemente condenação dos movimentos de legalização do uso de drogas. Segundo o jornal, os comentários do papa vão de encontro “ao movimento crescente na América Latina de liberalizar as vendas de maconha e outros narcóticos a reboque de décadas de violenta e ineficiente guerra contra as drogas na região.” O jornalista Jonathan Watts também destacou que o papa Francisco “lançou um rigoroso ataque contra os mercadores da morte que vendem drogas”.
O jornalista do periódico espanhol El País, Pablo Ordaz, informou que o pontífice fez um apelo “contra a praga do narcotráfico que favorece a violência e semeia dor e morte”. O jornal também destacou a primeira homilia do papa na Basílica do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. De acordo com o El País, o papa enfatizou que os católicos não podem ser pessimistas e que a Igreja Católica deve enfrentar as questões do mundo moderno “de forma positiva, sem medo, deixando para trás a ameaça constante do inferno e do fogo eterno”.
O correspondente do jornal norte-americano The New York Times, Simon Romero, por sua vez, ressaltou os erros na visita do papa, lembrando da chegada tumultuada no Rio de Janeiro, em que o carro que levava o pontífice foi cercado por fiéis. O jornal criticou a pane por duas horas do metrô carioca prejudicando milhares de passageiros, principalmente peregrinos que se dirigiam a Copacabana, onde ocorria a cerimônia de abertura da Jornada Mundial da Juventude. O jornalista também informou que as autoridades do Rio de Janeiro têm enfrentando críticas sobre a forma como têm lidado com as manifestações na cidade.
Edição: José Romildo
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