Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Grupos de manifestantes não poderão entrar no Campus Fidei (Campo da Fé), em Guaratiba, durante os eventos do dia 28, data de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A medida foi anunciada hoje (18), durante o detalhamento das ações de defesa e segurança pública para os eventos da jornada, que começa na próxima terça-feira (23). O Campus Fidei, onde o papa Francisco participará da Vigília, no dia 27, e celebrará a Missa de Envio, no dia seguinte, terá uma estrutura completa para receber os peregrinos da JMJ.
São esperadas em Guaratiba 1,5 milhão de pessoas. Lá, um decreto de Garantia da Lei e da Ordem, da Presidência da República, permite a atuação de militares com poder de polícia na região. Para os demais eventos na cidade, no entanto, as Forças Armadas só poderão agir de forma preventiva.
No último dia da jornada, serão mobilizados para atuar, dentro e fora do Campus Fidei, 7 mil militares. Quatrocentos deles, que ficarão nas proximidades do altar, usarão trajes civis, a pedido do próprio Vaticano. Dentro do Campus Fidei, eles não portarão armas, letais ou não letais. Nos pontos de acesso ao local, entretanto, as armas serão permitidas.
Para as atividades religiosas em Copacabana, não foi divulgado o efetivo de segurança. Porém, haverá monitoramento por câmeras de vídeo e segurança feita por agentes civis à paisana.
De acordo com o general José Alberto da Costa Abreu, que apresentou o plano de contingência das Forças Armadas para a Jornada Mundial da Juventude, para não atrapalhar o evento, manifestações, mesmo que individuais, podem ser contidas, se forem consideradas "ofensivas ao papa", mas não há uma regra para atuação generalizada e cada caso será avaliado na hora.
"Primeiro, faremos linha de controle [nos acessos] para impedir que grupos organizados entrem", informou o general, que admitiu, porém, a possibilidade de eles "se infiltrarem e passarem". Segundo Costa Abreu, se for conveniente agir", no Campus Fidei, serão usados meios "educados e pacíficos para convidar a pessoa a se retirar ou a guardar seu instrumento de manifestação. "Cada caso será analisado com calma para não transformar um pequeno incidente em confronto", completou o general.
A entrada de indivíduos mascarados também será reprimida e a revista não está descartada em casos especiais. "Os mascarados serão impedidos de entrar. Guaratiba não é espaço para atitudes agressivas e hostis. Não vamos ver uma pessoa ou grupo de mascarados passando com objetos que possam causar dano à integridade física de alguém e permitir que isso aconteça", afirmou.
Edição: Nádia Franco
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