Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com orçamento este ano de R$ 4,5 milhões, captados por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura e da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio de Janeiro, começa terça-feira (16) o 11º Festival Vale do Café, envolvendo 15 municípios do centro-sul fluminense. O evento se estenderá até o dia 28 deste mês.
O orçamento vem crescendo anualmente a cada edição, em face do interesse despertado pelo festival entre os turistas nacionais e estrangeiros. O número de eventos vai sendo ampliado e, em função disso, artistas mais famosos são convidados. Dentre eles, destaque para o compositor e cantor João Bosco, que fará quatro concertos com a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa ano e um com a sua própria banda, e a cantora Leila Pinheiro.
O festival deste ano homenageia três grandes compositores, dos quais dois brasileiros: Vinicius de Moraes e Ernesto Nazareth, que completariam 100 anos e 150 anos de nascimento respectivamente, além do músico italiano Giuseppe Verdi, que faria 200 anos. Serão ao todo 58 concertos, dos quais apenas 12 terão ingresso pago. Esses ocorrerão em fazendas históricas do ciclo do café na região. Os concertos restantes serão gratuitos e apresentados em praças públicas dos municípios, igrejas, teatros e cinemas.
O diretor-geral do evento, Nelson Drucker, disse em entrevista à Agência Brasil, o fato de as prefeituras começarem a entender a importância do festival. “Estão fazendo uma programação paralela e pedindo o nosso aval”. Resende, por exemplo, está liderando esse processo, com quatro eventos paralelos, mais um concerto oficial no distrito de Visconde de Mauá, devido à sua importância turística.
O objetivo principal é fortalecer o polo turístico local, de modo que ele contribua para o desenvolvimento econômico do interior fluminense. ”O turismo é uma indústria importantíssima no mundo inteiro”, lembrou Drucker. Por essa razão, as cidades têm que receber um incentivo para entender como o turismo funciona e trabalhar corretamente para que essa indústria seja uma parcela importante para o município, dentro do seu planejamento econômico-financeiro.
A parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ) se mantém na edição 2013 do festival. A entidade efetua o projeto Amigo do Turista, cuja meta é qualificar os empreendimentos turísticos para melhorar a qualidade do atendimento durante o evento. “A adesão foi de mais de 200 pessoas em quatro prefeituras. O Sebrae-RJ vai discutindo com as prefeituras e vendo quais são os lugares que estão mais necessitados da preparação de mão de obra”.
Drucker observou que a região do Vale do Café tem uma vocação turística natural, com mais de 100 fazendas históricas que permitem ao turista ter uma aula de história sobre o segundo reinado, sem contar os quilombos que remetem ao século 19. O festival, disse, “é uma linha de frente que chama o público no momento. Mas a cidade tem que saber utilizar o evento para criar atrativos turísticos para ter movimento sempre. E, para começar isso, tem que ter serviços de mais qualidade, para poder atender ao turista”.
Edição: Aécio Amado
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil